2017: às vezes esculpindo, às vezes contemplando...

Um ano em que fui escultOra, mas também escultUra

Em 22/12/2017 18:29
Atualizado em 22/12/2017 18:37

Opinião por Mirtis Moraes

2017: às vezes esculpindo, às vezes contemplando...

2017 foi um ano todo especial para mim.

Foi um ano em que, como escultora, me dediquei a esculpir a mim mesma.

Depois das várias mostras e exposições de arte que eu tive a felicidade de organizar ou das quais participei com grande honra nos anos anteriores, este foi um período de quase pausa no ateliê, na fundição, nos pedestais...

E as causas foram lindas!

Antes de ser escultora, sou mulher e mãe - e essa natureza feminina e materna me chama sempre, desde sempre, demandando prioridade.

Sempre fiz questão de acolher esse chamado. Sempre fiz questão de conceder com gosto essa prioridade demandada pela minha natureza de mulher e mãe. E sempre fui recompensada por frutos deliciosos, principalmente quando o seu cultivo me pediu mais esforço, mais dedicação e mais esperança!

Mesmo como escultora, é do feminino e do materno que me vem a inspiração mais intuitiva e espontânea: é dessa natureza que nascem as minhas bailarinas, as minhas heroínas movidas a puro movimento, apesar de serem feitas de mármore estático, de metal inerte, de resina imóvel.

É também dessa natureza feminina e materna que veio a obra a que mais dediquei tempo neste ano: a "Sagrada Família", aquela família formada pelo Menino Jesus, por São José e por Maria, Mãe e Senhora; Maria, uma escultora silenciosa de carinho, amor, doação.

E foi à família, acima de tudo, que também eu me dediquei neste 2017. Aos meus filhos, às famílias dos meus filhos e às filhas dos meus filhos, que compõem, como numa exposição de arte, obras diferentes de uma única e mesma "série", da qual eu tenho a emoção de ser espectadora e partícipe, às vezes esculpindo, às vezes contemplando...

Neste ano, nasceram mais duas netas!

Neste ano, meus filhos viveram novas experiências, novos aprendizados, novos desafios. Novas vitórias!

Tem sido maravilhoso contemplá-los e deixar que eles me ajudem a esculpir a mim mesma em detalhes que são surpreendentes e transformadores.

Tenho a certeza de que, em 2018, uma nova explosão de criatividade, inspiração e gratidão vai guiar as minhas mãos escultoras a tentarem plasmar de modo tangível o que 2017 esculpiu invisivelmente no meu coração.

 


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